domingo, 23 de novembro de 2008

Rita Rezende - Perfil


No ano de 1971, eu completava 1 ano de idade e Virgulino chega a Juazeiro da Bahia, vindo do Ceará. Neste mesmo ano Clarice Lispector lançava a coletânea de contos Felicidade Clandestina, textos esses que viriam a ser um dos meus preferidos quando adulta.


Com sete anos, passei a freqüentar o Grupo Escolar Imaculada Conceição, com a professora Arlete, posso lembrar com perfeição o aroma do pastel feito no tabuleiro da saudosa Dalva, que ficava do lado de fora dos portões da escola e das paçocas de carne de sol que vinham naquelas latas de alumínio, tinham um sabor irresistível.
Era o ano de 1976, exatamente quando Virgulino chega a Jacobina vindo de Juazeiro da Bahia com 23 anos de idade.


Os tempos mudam os movimentos sociais ganham novos rumos e novas expectativas, esta semana vivenciei uma passeata pala paz, na escola que leciono feita nas principais ruas do Bairro, e o cheiro inebriante de poeira tomava conta do ar.
Em 1979, com 10 anos de idade fiz parte do meu primeiro desfile cívico, cujo tema era Ano Internacional da paz, recordo-me do mesmo cheiro de poeira causado pala falta de pavimentação nas ruas. Neste mesmo ano Virgulino se casava pela primeira vez.


A entrada para o Colégio Cenecista José Gonçalves da Silva, era início do ano de 1982, eu com apenas 12 anos e já tinha a preocupação com diferentes disciplinas a serem estudadas. Na escola chegava os rumores sobre a água doce na região, através do Projeto Mirorós. Nos bancos da escola os diferentes cheiros de perfumes dos garotos que paquerávamos, porém o Topaz da avon era o carro chefe dos preferidos. Virgulino chega a Irecê para trabalhar em perfuração de poços artesianos e continua morando em Jacobina.

Em 1988, acontece à legitimação da Constituição Federal, e eu me preparo para minha colação de graus em magistério, agora no Colégio Municipal Henrique Brito Filho. Minha mocidade é marcada pelo aroma do perfume Sândalos e Virgulino muda-se de Jacobina para Morro do Chapéu, e tenta um segundo casamento que dura poucos meses.


Na pequena cidade em que morava acontece um grande movimento por conta do lançamento do Plano Verão e Cruzado Novo, o ano 1989, assim como em todo o comércio, o açougue do meu pai, ganha um movimento em demasia, por conta da falta de carne, devido o congelamento dos preços; não se achava bois para comprar, e quando abatia algum, as filas eram imensas nos corredores da minha casa.
Minha mudança para Irecê e o encontro com Virgulino, àquele que dali a poucos meses viria a ser meu marido, que foi marcado pelo barulho do acelerador do caminhão e o cheiro forte de diesel queimado que exalava da descarga do mesmo.


Depois de tantas idas e vindas marcamos o nosso casamento, era 1990 e ainda não havíamos comprado todos os moveis para nossa casa, Virgulino agora meu noivo, fez uma viagem para Salvador a trabalho e me prometeu trazer de lá um televisor colorido, só que para nossa surpresa surge o Cruzeiro. O dinheiro ficou retido no banco, tivemos que esperar mais alguns dias para o casamento acontecer.


Hoje já casada, no dia 27 de Julho de 1992 nasce minha primeira filha, o aroma que me recordo é da colônia cheirinho de nenê, que tinha a coloração rosada, e os sons de muitos choros tanto da minha filha quanto meu, pois não tive leite para amamentá-la. Seis meses depois, comemoro a renuncia de Fernando Collor de Mello à Presidência da República, em pensar que eu havia contribuído para ele estar lá e ele adiou meu sonho, fico com raiva até hoje.

Minha família começa a crescer cada vez mais, no ano de 1996 nasce minha filha caçula, e a minha primogênita começa a freqüentar a escola. Neste mesmo ano, a educação começa a tomar um novo rumo, através do sancionamento da lei nº. 9394. Eu começo a vivenciar estas mudanças, através das informações obtidas na escola Joana Angélica que minha filha estudava, e a Escola Municipal Padre Cícero que minha irmã estava como diretora. Passo a desejar lecionar em uma escola municipal.


Há um ano Irecê vive uma revolução educacional com a chegada da consultoria avante. Estamos em 1998 e eu agora ingresso na Rede Municipal de Ensino. O cheiro da merenda na escola, que era feita com um cuidado todo especial, chegava até as salas de aula, despertando a fome em todos, principalmente quando vinha almôndega para colocar no macarrão, era a merenda preferida por todos os alunos.
O Brasil vive um momento único, com o lançamento de novas moedas de metais, diferenciadas tanto pela cor, quanto pelo valor. Recebi meu primeiro salário de professor, já recebi algumas dessas moedas.


Junho de 1999 começa uma nova etapa na minha vida enquanto educadora, a escola Padre Cícero é escolhida como Piloto, pala Avante (Organização Não Governamental), onde teria uma sala laboratório de aulas práticas e teóricas, que seria filmada e levada para servir de objeto de discussão dos professores da rede municipal, se seria viável ou não expandir o que ali era apresentado. Valéria, minha filha caçula com dois anos e oito meses, começa a estudar na Escola Municipal de Educação infantil Irene Garafoni, Ludmila com sete anos também passa a freqüentar a Escola Municipal Padre Cícero.
Neste mesmo ano acontece às mudanças no regime cambial, o que acaba interferindo no andamento das finanças de todos os assalariados, por conta dos menores juros reais já vistos.


Em 2000, como professora da Escola Piloto da Rede Municipal, fui convidada pela Avante (ONG) a fazer parte da elaboração do Currículo Unificado da Rede Municipal de Ensino, juntamente com mais professores de outras instituições de ensino, diretores e a sociedade civil organizada. Começávamos então a se pensar em um documento norteador das práticas pedagógicas, que daria um norte mais seguro ao professor. Eu que não entendia nada de currículo e em qual contexto se dava, tive que correr à trás de teóricos que tratavam do assunto, para não ficar de fora das discussões. Com o lançamento da lei de responsabilidade fiscal no mesmo ano, tivemos alguns momentos para tratar desse tema, pois há decisões no currículo que fala de questão financeira para garantir sua publicação e distribuição, uma vez que o banco do Brasil era o patrocinador oficial do documento em questão.


Em 2001 me afastei da Rede Municipal, por questões financeiras e ideológicas, buscando assim algo que me desse uma remuneração melhor. Tive chance de fazer parte dos funcionários da Fazenda Nova Canaã no Centro Educacional Batel. Vivi outro contexto educacional do qual havia acostumado na Rede municipal, pois se tratava de uma escola assistencialista. Neste mesmo período, a Rede Municipal começou uma nova etapa com o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, o que me fez desejar estar novamente entre eles.
Logo após o segundo semestre do mesmo ano, fui convidada a retornar a mesma escola que lecionava e não pensei duas vezes, pois gostava de estar onde de fato as mudanças na educação aconteciam.


Em meio a esta trajetória, já havia prestado dois concursos públicos na área de magistério, sem conseguir êxito. Pra minha felicidade, a Universidade Federal da Bahia, já havia sido instalada na cidade, e somente em 2004, tive a chance de passar em um concurso na minha área. Comecei a vivenciar novas situações a partir daí, principalmente a lutar pelos meus direitos trabalhistas, enquanto professora concursada da rede Pública Municipal.
Dentre os muitos benefícios trazidos pela Ufba, nestes mesmos períodos acontece a inauguração do tabuleiro digital, que atende a alunos cursistas do projeto faced Ufba/Irecê bem como toda a população Ireceense.


Em meados de 2008 um sonho se concretiza. Para ingressar na Universidade Federal da Bahia, tive que passar por uma avaliação inclusiva conhecida como produção de Memórias. Durante este mesmo período, a rede Pública municipal e Estadual, vivencia a primeira avaliação da Provinha Brasil para alunos do segundo ano do ensino fundamental, representando um grande marco para a equipe de alfabetização de alunos nas primeiras series iniciais, do ano de 2007, da qual faço parte.
Eu agora sou estudante universitária da Ufba, que oferece um ensino diferenciado e totalmente inovador, pautado em Aulas Temáticas, e com um Currículo aberto para que seus educandos tenham liberdade de escolher em quais e quantas atividades devem estar participando
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Memórias da infância

Uma macaquinha diferente

Morar em cidade do interior tem lá seus encantos, ser conhecida por todos os moradores men tanto!
Menina magricela de cabelos avermelhados, conhecida como macaquinha ou espanador das estrelas não é nada engaçado quando se referem a você. O segundo apelido bastava olhar para saber por que, ter ente sete e oito anos e quase 1,50 e minha magricelice, compreendem imediatamente. Já para descobrir a origem do meu segundo apelido era necessário conviver comigo. Ou seria sair da escola comigo!
Estudar no Grupo Escolar Imaculada Conceição, foi a parte mais importante da minha infancia de estudante, principalmentepor gostar da professora morar na mesma rua que ela, e voltar com ela para casa pelo quintal de Dona Santa. Contávamos os minutos para acabar a aula e acompanhar a professora Arlete até sua casa, ou seja, até o quintal da sua tia, que era por onde ela costumava atravessar para chegar até sua casa, que ficava do outro lado da rua; sempre dávamos um jeito de distrai-la para sumirmos naquele quintal. Seus donos eram Seu Didi e Dona Santa, coitados! Ainda bem que ela era Santa!
O quintal mais parecia um pomar, que no mês de novembro tinha produção de mangas com seu cheiro adocicado, pinhas com seu cheiro rústico quase imperceptível, tangerinas que exalam um perfume cítrico, inconfundível às narinas. E o minha fruta preferida, condessas mais conhecida como fruta do conde ou ata, que cheiro não soltava no ar mais o prazer de sentir sua polpa e soltar seus caroços de cima da árvore me fascinava. Os diferentes aromas se misturavam, chegava a nos embriagar, era um convite irresistível para quem buscava aventura. Era o nosso parque de diversões.
Com sua sombra frondosa, o pé de condessa parecia me chamar para colher seus frutos marrons avermelhados, seu gosto adocicado e sua poupa arenosa, me enchia a boca d’água. Não tinha como resistir à tentação!
Aquele pé de fruta do conde, imponente e tão majestoso entre as fruteiras, parecia conhecer a capacidade que eu tinha em chegar até seus galhos mais finos e não tão frágeis. Afinal, não representava perigo para ema menina magrela feito um caniço.
Fazíamos a maior algazarra, começávamos comendo nossos frutos prediletos, depois de saciados os nossos desejos, com a farda de tergal azul e branca toda suja de passarmos as mãos e a boca muito lambuzada de comermos, partíamos para a gritaria, atirávamos restos de frutos uma nas outras e logo eram descobertos pela nossa generosa santa. A pobre velhinha chegava aos berros, ”Suas pestes! É tu né sua macaquinha! Desce daí agora! Espera aí sua moleca! Vou manda chamar Nai! (minha mãe). “
E eu ágil e sapeca descia correndo na esperança de voltar outro dia, escondida é claro!
Venci a danada da velha pelo cansaço, não é que de uma hora pra outra ela começou a me convidar para colher os frutos nas partes mais finas das fruteiras! Ela foi quem saiu lucrando com esta história! Vendia os frutos e me pagava, veja só com os próprios frutos em uma cestinha que levava até minha casa.
Eu que gostava mesmo era da aventura de viver trepando nos galhos de frutos às escondidas, acabei perdendo o interesse, pois o verdadeiro sabor que buscava era o da aventura, esta realmente era a melhor parte.

domingo, 2 de novembro de 2008

Projeto de Leitura

Escola Municipal Padre Cícero
Direção: Laceni Cavalcante de Almeida
Coordenação: Márcia Bartira Rosa Rodrigues
Projeto de Aprendizagem: Leitura
Duração Permanente


“Além de ter um valor técnico para a Alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, serve de grande estimulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar”.
(Luiz Carlos Cagliari)


Tema: Leitura e letramento na escola

Objetivo geral:
Envolver os alunos e alunas em práticas de leituras que permitam a compreensão de diferentes gêneros textuais com os quais se defrontam, buscando a formação de leitores letrados e alfabetizados.

Justificativa:
Um leitor só pode constitui-se mediante a uma prática constante de leitura a partir de um trabalho que deve ser organizado em torno das diversidades textuais e questões que abrange a alfabetização e letramento. Para que possa ser objeto de aprendizagem é necessário que a leitura faça sentido para os discentes, dessa forma é interessante que o docente planeje atividades diferenciadas e interessantes que satisfaça a realidade da turma através da conscientização da leitura para o seu cotidiano.


Objetivos específicos:
Conceituais:

Reconhecer a importância da leitura na vida pessoal e social;
Desenvolver o gosto pela leitura;
Desenvolver a linguagem oral, visual e auditiva;
Ampliar o seu repertório textual;
Reconhecer diversos tipos de textos;
Identificar a função de diferentes tipos de textos;
Compreender e interpretar o texto lido;
Compreender a funcionalidade da leitura: ler para estudar, por prazer, informar...
Relacionar situações de leitura com o seu cotidiano;
Compreender o uso e a função da leitura
Desenvolver o gosto pela linguagem fílmica





Procedimentais:


Reorganizar e emprestar os livros da biblioteca para levar para casa
Presenciar e intervir nos atos de leitura;
Fazer analise lingüística enfocando: título,autor,conteúdo, palavras do texto,gravuras, imagens;
Analisar textos bem escritos;
Solicitar pessoas da comunidade interna, local e outras para realizar leituras na sala de aula, pátio e demais espaços na escola;
Comentar sobre livros conhecidos;
Descrever personagens diversos;
Buscar informações e consultas de diversos textos;
Utilizar o reconto como estratégia de leitura;
Organizar nas salas de aula oficinas de leitura literária;
Organizar dramatizações de um livro literário que foi explorado durante o bimestre;
Realizar pesquisas de palavras desconhecidas no dicionário;
Possibilitar aos alunos momentos de discussões sobre o seu processo de aprendizagem na aquisição da leitura;
Realizar momentos de leitura: coletivamente, dupla ou individual;
Relacionar o filme com o livro lido de um determinado conto literário;
Fazer analise de um livro através de: questionários, produção de texto e demais estratégias;
Socializar os livros e materiais a serem utilizados;
Premiar os alunos que mais leram durante o bimestre
Socializar o projeto de leitura para os pais
Solicitar aos um acompanhamento e participação efetiva na leitura em casa;
Organizar um evento especial “Leitura na escola”
Organizar uma rotina de leitura utilizando: biblioteca escolar, mala de leitura, convite aos pais e rodízios de leitura nas turmas.
Realizar apresentações artísticas através da professora de arte: cantar música, ler poemas, piadas etc.


Atitudinais:

Assumir uma atitude curiosa frente à leitura
Valorizar a leitura como fonte de cultura
Apreciar textos de qualidade
Interessar-se pela leitura lida
Respeitar e ouvir os colegas nas atividades de expressão oral

Conteúdos:
Conceituais
Leitura
Diversidade textual
Compreensão de texto
Narrativa lingüística
Funcionalidade do texto
Estratégia de leitura

Procedimentais:
Analise lingüística
Leitura
Leitura filmica
Reconto oral
Pesquisa
Interpretação de texto
Empréstimos de livros
Seleção e organização de materiais
Dramatização

Atitudinais:
Apreciação de leitura
Curiosidade
Respeito
Interessse
Consciência
Atenção

Situações comunicativas
Alunos participando de todas as etapas do projeto
Docentes: mediador e orientador organizando as ações que ocorrerão durante o desenvolvimento do professor
Gestão pedagógica: Orientando, revisando e dando suporte no decorrer do projeto.
Gestão: providenciando os materiais didáticos e colaborando com o pedagógico

Situações favoráveis:
Intercambio entre as turmas
Produzir coletânea de diversos tipos de textos por grupo
Convidar pessoas da comunidade local para ler
Promover evento cultural de leitura
Promover gincana com todos os grupos de um livro ou mais lida durante o bimestre (perguntas e respostas)
Premiar o aluno no pátio da escola que mais leu livro no grupo
Dramatização

Recursos a serem utilizados:
Livros, Textos variados, Papel, Piloto, Lápis, Folha de oficio, Televisão, dvds, Som Cds, Computador, Vídeo, Máquina digital, Coletâneas de textos.

Avaliação:
Ficha diagnóstica de leitura
Debate

Referências:

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Lingüística. São Paulo: editora Scipione, 2003.


Fotos de mães lendo para os filhos, um momento marcante no projeto




























Momentos de leituras realizados no pátio da escola




quarta-feira, 22 de outubro de 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PEDAGOGIA-ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS-CICLO UM
ATIVIDADE - LEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UM PAINEL ATRAVÉS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
PROFESSORES: ROSELI SÁ E PAULA SANTOS
PROFESSORA CURSISTA: MARIA RITA OLIVEIRA PEREIRA DE REZENDE


LEI SIM, RÍGIDA NÃO, A MÃO DO SENADOR


Síntese crítica
Avaliação/progressão




Respeitar os ritmos individuais de aprendizagem de cada aluno,
garantir um vida escolar de sucessos e formar um cidadão
consciente e confiante em sua capacidade – eis o principal
objetivo da progressão continuada.
Zilma de Moraes


Atualmente os professores dispõem de vários recursos para avaliar o aluno, podendo assim conhecer suas múltiplas inteligências, bem como suas capacidades e dificuldades. A escola como um todo, possui autonomia de avaliar o aluno e classificá-los de acordo com a sua capacidade de desenvolvimento.
O 1º da lei 9394/96 (BRASIL, 2006) no artigo 23 fundamenta essa afirmação, na medida em que garante à escola a autonomia de tomar decisões próprias, para além de determinações formais, baseando-se na avaliação feita com o aluno, avaliação esta que servirá como referência para dar suporte às decisões tomadas pela instituição.
Percebo que, as escolas atualmente exercem essa autonomia, apenas quando o aluno já faz parte da mesma, e que os profissionais já conhecem o histórico desse aluno, pois as verificações de aprendizagens são constantes, buscando seguir os conceitos de avaliativos pautados no diagnóstico inicial para estar atento as aprendizagens reais dos alunos, e na processual, acompanhando o desempenho dos mesmos durante todo o percurso das suas aprendizagens. Porém, quando se trata de alunos oriundos de outras instituições, a escola o recebe e respeita a documentação burocrática que o acompanha, sem a possibilidade de avançar ou regredir o aluno, mesmo que, após o processo de diagnóstico, constate que esse aluno esteja abaixo ou a cima da série em que esta cursando.
Buscando sanar as demandas dos alunos que chegam sem uma base real dos conhecimentos para estar naquela série /ciclo, a instituição escolar o encaminha para realizar o diagnóstico de aprendizagem, e o inclui no programa de apoio pedagógico, buscando assim reverter o quadro de resultados apresentados, através das intervenções adequadas em cada caso em especial, baseando-se nos objetivos propostos para estes fins que já devem constar no projeto político pedagógico da instituição, que deve ter clareza sobre qual tipo de formação que se pretende que esses alunos obtenham.
Para que esta migração de série/ciclo ocorra, faz-se necessário que a avaliação seja coerente com as organizações dos descritores, que são elencados aos conteúdos que fazem parte de cada etapa desse processo de aprendizagem, para que haja concordância com a lei estabelecida para este fim.
Uma prática constante para garantir que esse direito seja respeitado, é a aplicação do artigo desta lei, de forma escrita no documento de transferência que acompanha o discente, quando ele precisa mudar da instituição de ensino que o promoveu.
No entanto, esta lei garante que, independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino. Demo (1998).
O professor ao fazer esta avaliação, deve ter consciência que a prioridade dada à escola para estes alunos “promovidos” deve se única e exclusivamente às aptidões e aprendizagens adquiridas por ele no seu desenvolvimento escolar.
Conclui-se que, as instituições escolares estão carentes de reformas em sua regulamentação que estejam de acordo com as leis educacionais, possibilitando assim o desenvolvimento pleno do processo educacional e garantindo aos educandos o direito de aprender e se desenvolver, de acordo com as suas capacidades para que sejam respeitados os direitos que são garantidos pela lei em questão.


DEMO, Pedro. A Nova LDB: Ranços e Avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) séries iniciais. Introdutório Ministério da Educação. volume 1. p.81 à 91.Brasília, 2001

Para descontrair

Cérebro eletrônico


Gilberto Gil (1969)


O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo, mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda, mas ele não anda
Só eu posso Pensar se Deus existe
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu cá com meus botões de carne e osso
Eu falo e ouço
Eu penso e posso
Eu posso decidir se vivo ou morro
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus
Olhos de vidro

( Do CD barulhinho bom, de Marisa Monte)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Projeto de Filosofia

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA SÉRIES INICIAIS-CICLO UM
FACED TURMA DOIS
ORIENTADORA: SOLANGE MACIEL
ATIVIDADE: LITERATURA
CURSISTAS: GLEIVIA MÁRCIA ROSA RODRIGUES, MARIA RITA OLIVEIRA DE REZENDE E GERALDA FRANCISCA FERNANDES DA SILVA.


“Os valores não surgem na vida em sociedade como um trovão no céu. São construídos na vida familiar na convivência humana, no trabalho, nas escolas, nas manifestações culturais, nos movimentos e organizações. Conhecê-los, compreendê-los e praticá-los é uma questão fundamental da sociedade atual.”

Vicente Martins.



Projeto de filosofia : Os pequenos filósofos




Objetivo geral

Construir uma consciência acerca da ética, desenvolvendo atitudes baseadas em valores que devem fazer parte da vida social de todos que compõem a escola, pautadas na solidariedade, respeito, autonomia, diálogo, amizade, justiça, tolerância, igualdade e convivência.

Justificativa / fundamentação teórica

A partir do estudo do romance O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder, refletimos sobre o papel da ética como ramo de estudo que cuida particularmente de investigar os princípios que norteiam, distorcem disciplinas ou orientam o comportamento humano.
Percebemos que a instituição escolar da qual fazemos parte apresenta um quadro de ausência de práticas de valores, onde presenciamos várias atitudes de agressividade, desrespeito ao próximo e às regras sociais. Portanto, pretendemos com este projeto trabalhar com atividades que provoquem a reflexão por parte dos docentes sobre ética, valores e convivência.
Segundo Martins (2007), cabe à instituição de ensino a missão de ensinar valores no âmbito do desenvolvimento moral e social dos educandos para serem conhecidos e aplicados na vida cotidiana. Portanto, no intuito de ajudar a sanar de forma gradativa os problemas aqui apresentados, na medida em que eles forem aparecendo. É que optamos por elaborar este projeto de aprendizagem,


Objetivos específicos:

Possibilitar a construção do respeito mútuo a partir das relações pessoais.
Identificar as características próprias de cada valor ético apresentado.
Compreender o significado dos valores discutidos.
Reconhecer mudanças e permanências de comportamento em si próprio e nos colegas.
Estabelecer relação entre direitos e deveres.
Compreender e empregar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas.
Reconhecer as atividades distorcidas, que prejudicam as convivências sociais
Envolver os pais em momentos de reflexões, debates, palestras e dramatização que tratem dos temas discutidos.
Possibilitar a participação espontânea.
Refletir sobre a responsabilidade de cada um durante as atividades.
Usar expressões de cortesias (bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, com licença, obrigado, desculpa...).

Elaborar atividades que promovam a inclusão das crianças com necessidades especiais.
Mobilizar a escola e a comunidade, por uma passeata sobre os valores estudados.

Etapas previstas:
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· Levantamento dos conhecimentos prévios
· Apresentação do projeto
· Desenvolvimento das atividades
· Dramatizações
· Passeata
· Palestras
· Exposições de trabalhos no mural
· Avaliação
Recursos necessários.

Materiais - Livros didáticos, textos, papel, neutro, piloto, folhas de ofícios, Xerox, máquinas fotográfica televisão, vídeo, cd, DVD, bola de assopro, carro de som.

Pessoais
Docentes, discentes, equipe gestora e comunidade local e outros.

Metodologias:
Debater sobre os diretos e deveres das crianças.
Ouvir textos informativos
Promover trabalhos individuais e coletivos.
Realizar leitura de imagem.
Registros dos alunos.
Realizar leitura fílmica
Trabalhar com jogos com atenção de ampliar as relações interpessoais.
Exposição dos materiais produzidos.


Plano de ação

29/09 - Apresentação do projeto
1º - No pátio com dramatizações feitas pela professora sobre os valores éticos:
Solidariedade e honestidade


02/10 - Chuva de palavras
1º - Apresentar as palavras: alegria e tristeza e oralmente os alunos falam às idéias que têm sobre estas duas palavras.

2º - Representar os pensamentos através de desenhos, palavras ou textos.

06/10 - Tratando de amizade
1º - Ler a história: os viajantes e o urso.

2º - Descrever ou desenhar cenas que mostram:


Amizade entre pais e filhos
Amizade entre professores e alunos
Amizade entre colegas de turma
Amizade entre vizinhos


09/10 - Direitos e deveres das crianças

1º - Apresentar imagens que representam os direitos e deveres.

2 º- Debater sobre os direitos e deveres com o estado da criança e do adolescente.

Observação: Palestra com alguém do juizado ou conselho tutelar para tratar do tema.

13/10 - Dialogando com textos e imagens

1º - Apresentar imagens com atitudes importantes ou prejudiciais.



16/10­­ - Análise fílmica

1º - Assistir ao filme Irmão Urso
2º - Comentários orais sobre o filme, registro e desenho.

20/10 - Convivendo com as diferenças

1º - Ler o texto. “Nem sempre posso ouvir vocês” de Fernanda Lopes
2º Trabalhar com o texto:
Oralmente e com atividade de escrita sobre as diferenças entre os alunos da sala.

23/10 – Campanhas solidárias

1º - Trabalhar o significado de solidariedade
2º - Arrecadar alimentos para entregar a duas famílias do bairro

27/10 - Boas Maneiras

1º - Ler textos informativos
2º Produzir cartazes para afixar nas paredes da escola

30/10 e 03/11 Atividades Coletivas

1º - Produzir convites para os pais participarem da passeata
2º - Produção de cartazes e placas para a passeata

04/11 - Passeata

Pelas ruas do bairro Silva Pereira até a escadaria do Ginásio de
Esportes, para soltar balões brancos com frases que representem a paz.





Avaliação

· Relatório do professor sobre as atividades
· Prova com os conteúdos estudados
· Anexo de atividades e fotos
· Registros individuais e coletivos



Referências:

DEVRIES, Rheta. ZAN Betty. O ambiente Sócio-Moral na Escola: Ética na Educação Infantil. p.51 à 53 - Porto Alegre. Artes Médicas, 1998

GAARDER. Gastem. O Mundo de Sofia.romance da história da filosofia.São Paulo: Cia das Letras.1986

MARTINS, Vicente-. A pratica de valores na escola, Revista Mundo Jovem. p.15 . ed.375 – Abr, Editora Pucrs, São Paulo. 2007

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) das series iniciais. Ministério da Educação. Temas Transversais e ética volume 8 p.97 à 108. Brasília, 2001









Fotos do Projeto de Filosofia

Projeção do filme Irmão Urso
tratando de Amizade




Arrecadação de alimentos para trabalher
o tema SolidariedadeDia da entrega das cestas básicas


Primeira família comtemplado
com o trabalho de solidariedade




Segunda família contemplada


Produção de cartaz para a
passaeta pela Paz



Passeta pela Paz nas principais ruas do bairro




























































































































































































































Jogando com as palavras

Dentro de MARIA
Se encontra um
MAR
Assim como uma brisa fresca do AR
Na qual IAM se refrescar
e por RITA vivem a chamar
pois todos a querem
AMAR
quando TIRAM o dia
pra se banhar
nas àguas frescas do MAR

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PEDAGOGIA-ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS-CICLO
ATIVIDADE - LEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UM PAINEL ATRAVÉS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
PROFESSORES: ROSELI SÁ E PAULA SANTOS
PROFESSORAS CURSISTAS - GERALDA FRANCISCA FERNANDES DA SILVA, GLEIVIA MACIA ROSA RODRIGUES SILVA, MARIA RITA DE OLIVEIRA DE RESENDE E PAULA FRANCINETE ROSA RODRIGUES.



O debate qualidade /quantidade na educação brasileira



Diante do tópico três “O debate qualidade /quantidade na educação brasileira compreendemos que a educação sofreu alterações do império para a república a quantidade e qualidade do ensino continuava sem um sistema nacional de educação.
Salientamos ainda a importância da revolução de 1930, que deu inicio a criação do Ministério da educação e das secretarias de educação e dos estados. Para exercer o cargo, na época como ministro da educação foi escolhido Francisco Campos que na década anterior, havia reformado a educação de Minas Gerais. O mesmo propôs a ampliação da rede escolar e alfabetização da população brasileira.
Outra questão favorável foi a valorização do trabalho assalariado aos profissionais da educação tornado um fator do crescimento social e favorecendo o otimismo pedagógico, surgindo assim nos anos 20 e alcançando o apogeu dos anos 30 no século XX.
Ocorreram vários manifestos na Educação brasileira de 1930 a 1937 em prol das melhorias educacionais onde representava uma tomada de consciência no desenvolvimento social, política e econômica que teve a participação dos liberais, educadores e pais que favoreceu o crescimento.. Entre os anos citados acima destacamos o de 1932, um grupo de 26 educadores lançou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Nesse documento foram propostas melhorias para o crescimento e desenvolvimento referente à educação: Educação pública obrigatória, a educação como instrumento da reconstrução nacional, as características regionais e os interesses dos alunos e a formação universitária de todos os professores.
Visto que a expansão do ensino propiciou a ampliação do acesso da população à educação formal garantindo uma organização e desenvolvimento do ensino brasileiro. Percebe-se ainda que a oferta de uma educação gratuita de qualidade é um direito social e constitucional do individuo e de responsabilidade do estado.
A contribuição do presidente Getúlio Vargas com o crescimento da industrialização levou a implantação do ensino profissionalizante. Durante o golpe militar de 1964 se dava a substituição do modelo agrário-exportador e também para impedir o acesso ao ensino superior.
Abordamos que o objetivo da Lei 5.692/ 71 L.D.B, era dá formação profissionalizante, na qual planejava-se a contribuição para o aumento da produção brasileira e ampliou o ensino fundamental do 1º grau para 8 anos de escolaridade..E durante esse processo não houve um acompanhamento qualitativo e sim quantitativo nos métodos técnicos tendo como conseqüência o alto índice de reprovação e demais dificuldades no ensino.
Analisando e comparando o texto acima percebemos que o Brasil ainda passa por crises educacionais relacionados tanto no que diz respeito ao Ensino e Aprendizagem, quanto na precariedade das estruturas físicas das escolas. O governo preocupado com a situação do país vem avaliando o sistema de ensino através da Prova Brasil, Provinha Brasil, ENEM (Exame nacional do Ensino Médio), buscando ações estratégicas que visem reformular as políticas educacionais, tendo como objetivo o fornecimento de subsídios para atender as escolas com baixo índice de aprendizagem, dando assim condições favoráveis para que os profissionais em educação possam buscar os descritores que garantam um ensino de qualidade e não apenas de quantidade.
É necessário que todos os brasileiros acompanhem os resultados das avaliações propostas pelo governo federal, através do IDEB(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que mostra o desempenho dos estudantes, revelando a situação educacional do Brasil.
Sendo conhecedores dos resultados obtidos, cabe a comunidade escolar conscientizar a comunidade extra-escolar da importância do sistema da avaliação, e que cobrem dos gestores federais, estaduais, municipais e educacionais, melhores resultados na qualidade do ensino e aprendizagem dos discentes.


LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de. TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência em formação; coordenação Antonio Joaquim Severino, Selma Garrido Pimenta).



Para penar na qualidade e quantidade na eduçcação brrasileira , reflita junto comigo com o REP de Gabriel o Pensador(1999)

Estudo Errado

Eu tô aqui Pra quê?Será que é pra aprender?Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?Tô tentando passar de ano pro meu pai não me baterSem recreio de saco cheio porque eu não fiz o deverA professora já tá de marcação porque sempre me pegaDisfarçando, espiando, colando toda prova dos colegasE ela esfrega na minha cara um zero bem redondoE quando chega o boletim lá em casa eu me escondoEu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gudeMas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádiPra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tardeOu quem sabe aumentar minha mesadaPra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)Não. De mulher peladaA diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nadaE a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)A rua é perigosa então eu vejo televisão(Tá lá mais um corpo estendido no chão)Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação- Ué não te ensinaram?- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútilEm vão, pouco interessantes, eu fico pu..Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio(Vai pro colégio!!)Então eu fui relendo tudo até a prova começarVoltei louco pra contar:Manhê! Tirei um dez na provaMe dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprovaDecorei toda liçãoNão errei nenhuma questãoNão aprendi nada de bomMas tirei dez (boa filhão!)Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueciDecorei, copiei, memorizei, mas não entendiQuase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueciDecorei, copiei, memorizei, mas não entendiDecoreba: esse é o método de ensinoEles me tratam como ameba e assim eu não raciocinoNão aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatosDesse jeito até história fica chatoMas os velhos me disseram que o "porque" é o segredoEntão quando eu num entendo nada, eu levanto o dedoPorque eu quero usar a mente pra ficar inteligenteEu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou genteE sei que o estudo é uma coisa boaO problema é que sem motivação a gente enjoaO sistema bota um monte de abobrinha no programaMas pra aprender a ser um ingonorante (...)Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestreMas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!Ou que a minhoca é hermafroditaOu sobre a tênia solitária.Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)Vamos fugir dessa jaula!"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)Não. A aulaMatei a aula porque num davaEu não agüentava maisE fui escutar o Pensador escondido dos meus paisMas se eles fossem da minha idade eles entenderiam(Esse num é o valor que um aluno merecia!)Íííh... Sujô (Hein?)O inspetor!(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversarE me disseram que a escola era meu segundo larE é verdade, eu aprendo muita coisa realmenteFaço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!Então eu vou passar de anoNão tenho outra saídaMas o ideal é que a escola me prepare pra vidaDiscutindo e ensinando os problemas atuaisE não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus paisCom matérias das quais eles não lembram mais nadaE quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçadaRefrãoEncarem as crianças com mais seriedadePois na escola é onde formamos nossa personalidadeVocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sóciosQuem devia lucrar só é prejudicadoAssim vocês vão criar uma geração de revoltadosTá tudo errado e eu já tou de saco cheioAgora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!Mas é só a verdade professora!Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

Relatório do Geac

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED/PROJETO IRECÊ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - SÉRIES INICIAIS /ENSINO FUNDAMENTAL.
CICLO UM – 2008 – GEAC DE MEMÓRIAS
ORIENTACÃO: ROSELI SÁ
CURSISTA: GERVÁSIO MOZINE, GLEIVIA RODRIGUES, MARIA RITA REZENDE, SIRLEIDE ARAÚJO


1º encontro de grupo GEAC


No dia 6 de outubro, foi realizado o primeiro encontro de grupo da GEAC com os seguintes cursistas Rita Rezende, Gervásio Mozine, Gleivia Rodrigues e Sirleide Araújo.
Foi iniciado com a leitura de texto Memórias de formação: Processo de autoria de (re) construção identitaria PÁSSEGGI,1994).
Ao ler fizemos algumas reflexões: Nós professores devemos estar mobilizados para a transformação da pratica? Qual é o procedimento do professor para escrita do memorial?
Devemos deixar claros os saberes práticos, conceituais e identitários, buscando uma boa escrita, construindo assim sua própria identidade narrativa. Os memoriais passam por algumas mudanças que são: primeiro o esboço, segundo a evolução do processo escrita e finalizando com os fundamento teórico e metodológico.
Segundo (BRONCKART,1997/1999), a linguagem teórica deverá estar de acordo com a concepção metodológica, através de diferentes linguagens e mediação instrumental e a interação com outro que é a mediação social.
Diante do estudo, concluímos que para alimentar o memorial será necessária a leitura de texto, buscando construir simultaneamente sua identidade.
O memorial de formação enquanto gênero textual baseia-se nós momentos marcantes da historia da vida pelo narrador, cabendo ao mesmo aprimorar o seu texto em caráter cientifico. Onde o autor descreve sua trajetória estudantil e profissional, tornando-se valor social e afetivo.
Cabe ao autor ser responsável pela sua produção gerado por emoções crenças e valores dando a sua produção um estilo pessoal.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Orientar para transformar


Instigar no professor a qualidade da sua escrita de forma mais elaborada não é uma tarefa fácil. A produção do conhecimento é uma apropriação que se dar na prática. E para facilitar a inserção no meio acadêmico, faz-se necessário maior esclarecimento dos percursos que as produções escritas devem tomar. Acredito eu, ser este o papel de uma orientadora de grupo.
É nesta perspectiva de indagação estudo e reflexão sobre os escritos que a professora Margaret vem introduzindo texto e orientando o grupo a ousar mais em suas produções escritas.
Tendo como suporte os textos “A escrita e o diário reflexivo” de Mariana Fonseca e “O registro da prática docente:” Instrumento de Formação e Transformação de Amanda Cristina Teagno no Lopes, busquei refazer as minhas anotações, para transformar em texto para o diário de ciclo, de uma forma mais significativa, construindo assim as minhas próprias marcas.

sábado, 27 de setembro de 2008

Produção livre ou com liberdade?

Pare definir a aula do professor Ney, pensei na palavra aprendizagem, mas não seria justo usar somente uma palavra diante de tanta novidade vivenciadas no dia de hoje. Tivemos alguns momentos que merecem destaques: Com a intenção de criar um ato cênico, fizemos uma manifestação contra a violência e a favor da paz no centro da cidade, o que gerou muitos comentários entre as pessoas que estavam ou passavam na praça naquele momento. Foi um ato de “ousadia” com diferentes tipos de encenações para que as pessoas pudessem compreender. Outro ato para chamar a atenção da população, foi a intervenção urbana, através de produções de cartazes com frases chamando a população para uma realidade de um fato, de uma forma mais sutil, que deveriam ser fixados em pontos estratégicos e de boa visualização.
A produção de conhecimentos que tivemos nos auxiliou e esclareceu os novos rumos de uma pedagogia que vivencia e transforma realidades. No entanto, para que isto aconteça , é preciso que o professor entenda que a construção de conhecimento artístico não se dá apenas de maneira solitária, nem de forma exclusiva, a (re) criação também se constrói mediante a interação sujeito e espaço externo. Ao educador compete realizar a tarefa importante de integrar, mediar, sugerir, organizar, incentivar a autonomia e propor situações que sirvam de alavanca ao processo de construção e descobertas das “veias” artísticas.

sábado, 20 de setembro de 2008

A força humanizadora da literatura

O encontro foi muito produtivo, pois entre tantas questões abordadas sobre a literatura, abriu-se um espaço importante para tratar da ética profissional.
Vimos que a humanização é um processo que confirma no homem alguns traços essenciais para seu desenvolvimento como: repetição, aquisição do saber, reflexão, disposição para com o próximo, capacidade para penetrar nos problema, a questão do legado cultural entre outros. Desses traços trago um para reflexão; que é a aquisição do saber que é um direito assegurado (Lei nº. 9. 394.1996. Art.2º. p.18). Neste aspecto, uma das funções do professor, hoje é criar e organizar situações-problemas ou situações de aprendizagem, para que o aluno possa aprender, exercendo um olhar crítico avaliativo, levantando hipóteses, buscando alternativas de soluções que os façam confirmarem ou descartarem as idéias até então tidas como verdades absolutas. Neste processo devemos investir na leitura de textos que explorem a articulação de idéias e que ajudem as crianças a refletirem sobre os assuntos tratados no texto lido, de forma que eles possam vivenciar e sentir se parte da história contida nos textos lidos ou ouvidos.
Para que compreendêssemos a dinâmica para esta leitura mais elaborada, a professora Giovana propôs uma atividade com fábulas que é um gênero textual muito trabalhado nas escolas, porém dando outro enfoque diferenciado do que tínhamos o hábito de realizar. Ela dividiu as classes em grupos e propôs o seguinte encaminhamento: Cada grupo deveria ler a fábula e dentro do próprio grupo uns deveriam atuar como defensor de um personagem. Durante a atividade, pude perceber que não houve a descaracterização do texto, o que ocorreu foi uma grande polêmica que enriqueceu a compreensão da riqueza que um texto simples pode trazer.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Reformulando conceito de Comunidade virtual

Comunidade virtualComunidade virtual é um meio de articulação entre pessoas com intenção de aproximá-las, por meio de atributos e assuntos nos quais se familiarizem ou demonstrem interesses, sejam profissionais ou pessoais. Levy (1990. p.126) reforça a idéia de que uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos sobre os projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades. Para Halmann (2006.p.102), o que mais chama a atenção é justamente a possibilidade de trocar opiniões com outras pessoas, sobre os mais variados assuntos, para enriquecer as comunidades. O crescimento destas comunidades se dá por diferentes questões como: troca de informações, assuntos de interesses comuns, diversão. Tudo esse movimento pode ocorrer nas comunidades virtuais, independentemente de seus membros terem ou não uma computador particular. O que importa realmente são as participações e a colaborações efetivas dos indivíduos que fazem parte da rede por ele escolhida. Segundo Tönnies (apud Bellebaum, 1995: 52-58), a comunidade é estabelecida através das relações de amizade, vizinhança e laços afetivos entre os membros, como os de uma família. Assim, apresenta uma organicidade vinculada através das sucessivas interações entre seus membros. Dessas interações, despontam valores sociais que orientam a ação social para a coletividade, cujos estatutos são guiados por crenças, hábitos e costumes. Acredito que por ser uma rede de comunicação, o indivíduo deve se sentir acolhido pelo grupo que faz parte da mesma, através dos comentários em seus tópicos e visitação em seus espaços, afinal eles são feitos para ou com estas finalidades. Sobre esta questão, Levy (1990. p.127) nos lembra que aqueles que não participam desta interação, devemos esclarecer que essas relações estão longe de serem frias, e não excluem as emoções fortes. Penso que ele tem razão, pois sempre que visito alguns blogs percebo as emoções presentes na maneira de escrever e a recriposidade dos blogueiros ao responderem, relatando sobre os tipos de ajuda que encontraram ao começarem uma interação virtual dentro daquele espaço. Para se caracterizar como uma comunidade virtual, as pessoas devem fazer parte dos fóruns que são publicados nos espaços existentes para este fim, darem contribuições para melhorar o andamento da comunidade, fazer se membro ativo. (LEVY, 1990.p. 129). Diz que comunidade virtual trata-se de um coletivo, mais ou menos permanente que se organiza por meio do novo correio eletrônico. Acrescento que ainda não estou acostumada com esses espaços e tenho fugido do propósito de comunidade, uma vez que diz de interação sujeito X sujeito on-line.



Leitura: LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. Cap. 7.

Leitura: FONSECA, Daisy; COUTO, Edvaldo. Comunidades Virtuais: herança e tendência contemporânea. In: PRETTO, Nelson De Luca. Tecnologia e novas educações. Salvador: EDUFBA, 2005, p. 53-67.

Leitura: DIAS, Paulo. Comunidades de Aprendizagem na Web. INOVAÇÃO, Lisboa, v. 14, n. 3, 2001. p. 27-44.


Leitura: Texto de HALMANN, Adriane. Reflexões entre professores em blogs: aspectos e possibilidades. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador. Cap. 4 e 5.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sou professora da Rede Municipal de Irecê, faço parte do grupo de professores da Escola Padre Cícero, estudante de pedagogia do projeto Ufba/Irecê.