terça-feira, 28 de abril de 2009

Refletindo sobre alfabetização

Através das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosk (1995), os educadores passaram a conhecer as concepções que facilitaram a compreensão dos diferentes níveis de escritas desenvolvidas pelas crianças, denominados de hipóteses.

Para se ter conhecimento de qual nível ou hipótese cada criança se encontra, é necessário fazer uma avaliação conhecida como diagnóstico de escrita, na qual o professor ditará algumas palavras e frases para que a criança escreva.

Alguns critérios são necessários neste momento, como a escolha adequada das palavras que serão ditadas, para que não coincidam as mesmas vogais seguidas, para evitar que aconteça um conflito na hora de escrever que possa vir inibir a escrita da criança. (ex: macaco, banana, peteca, ioiô).


Faz-se necessário um olhar criterioso para estar detectando as diferentes etapas deste processo que são: pré – silábico, silábico sem valor sonoro, silábico com valor sonoro, silábico alfabético e alfabético. Existem ainda algumas variações dentro destes níveis.


É por este motivo que nas atividades propostas em sala de aula, não podemos exigir que todos os discentes respondam no mesmo nível. Cabendo ao professor planejar as atividades para que as possam avançar em relação à hipótese que se encontra no momento do diagnóstico investigativo.


Durante o processo de aplicação das atividades, o mediador deve fazer intervenções apropriadas para que as crianças avancem nas suas hipóteses de escrita, refletindo quantas e quais letras se usam para escrever as palavras e ou como é agrafia correta de determinadas palavras. Uma boa estratégia para estes momentos são as atividades realizadas em grupos seguindo a ideia de agrupamentos produtivos, para que um possa estar ajudando o outro.


Segundo Geovana Zen, se pensarmos em atividades que em que os alunos possam pensar e na organização das suas ideias, que possam estar interagindo no grupo e principalmente se a escrita for funcional, as crianças vão avançar e adquirir a base alfabética com mais rapidez.


Este é o alvo de qualquer docente, no entanto sabemos que não existem fórmulas mágicas. Vou prosseguir buscando caminhos e incorporando á minha pratica para alcançar o principal objetivo que é alfabetizar todas as crianças que venham para minha sala.


FERREIRO, Emília. Desenvolvimento da Alfabetização: psicogênese. In: GOODMAN, Yetta M. (Org). Como as Crianças Constroem a Leitura e a Escrita: Perspectivas Piagetianas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

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